"O grande responsável pela situação de desequilíbrio ambiental que se vive no planeta é o Homem. É o único animal existente à face da Terra capaz de destruir o que a natureza levou milhões de anos a construir"





sábado, 11 de agosto de 2018

Nigella damascena L. com video


Nomes comuns:
Nigela-dos-jardins; cabelos-de-vénus; 
dama-de-verde;
damas-do-bosque; barba-de-velho

Para ver o video clique AQUI

Cultivar Nigella damascena no jardim oferece um espetáculo fascinante numa bordadura ou num vaso, sobretudo se combinada com outras espécies, anuais ou perenes. É fácil de cultivar e não necessita de cuidados especiais.
Esta anual floresce cedo na primavera se semeada durante o outono. Mas também pode ser semeada na primavera. Basta espalhar as pequeníssimas sementes numa zona ensolarada do jardim, sem necessitar de as cobrir. O tempo de floração de cada planta é limitado pelo que, para conseguir uma floração mais prolongada se aconselha fazer sementeiras repetidas e escalonadas. Aliás, esta planta ressemeia-se com muita facilidade.
Após a polinização aparecem os frutos sob a forma de cápsula, a qual envolve as sementes. Estas cápsulas são muito decorativas e muitas vezes são utilizadas como elemento decorativo em arranjos de flores secas.

Para mais informações sobre esta espécie clique AQUI




quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Achillea ageratum L. com video

Já experimentei esta planta no meu jardim, através de sementeira direta no solo e tem sido um êxito. Muito linda, aromática e pouco exigente em termos de rega. E ainda a aproveito para fazer arranjos de flores secas. Uma preciosidade!!!!
Para além de informações mais detalhadas no texto do blogue pode também admirar esta planta no video que se segue:

Para ver o video clique AQUI
Nomes mais comuns:
Agerato; aquileia; mil-em-rama; 
milfolhada; macela-de-são-João

Achillea ageratum é uma planta perene, herbácea e fortemente aromática que pertence à família botânica das Asteraceae e ao género das Achillea.


É uma planta que forma um pequeno arbusto que pode ir dos 10 aos 80 cm de altura. Os caules são eretos, simples ou ramificados, por vezes com pelos, os quais vão caindo à medida que envelhecem.


As folhas, embora aromáticas, são amargas. Por vezes possuem alguns pelos compridos e flexíveis. As folhas da base da planta têm o pecíolo curto, uma nervura mediana espessa e são muito recortadas. As folhas do caule não têm pecíolo e são planas, de forma oblonga e com a margem serrada.


As flores são pequenas e múltiplas e reúnem-se em inflorescência racemosa (1) formando corimbos (2) com 15 ou mais capítulos (3) de cor amarelo-forte.

 (1) Na maioria das plantas que dão flor estas estão dispostas em agrupamentos denominados inflorescências. Uma inflorescência é um ramo ou sistema de ramos caulinares que possuem flores. Chama-se inflorescência racemosa àquela em que o eixo principal cresce mais que os ramos laterais e termina numa gema. Esta gema está sempre a produzir novas flores de tal modo que podemos encontrar, ao mesmo tempo, botões, flores e até frutos, amadurecendo a partir do ápice.

(2) Corimbo é uma inflorescência racemosa em que as flores se situam mais ou menos ao mesmo nível devido ao comprimento gradualmente inferior dos pedicelos ao longo do eixo.


(3) Capítulo é uma inflorescência globosa, achatada ou não na parte superior, de flores reunidas num recetáculo comum geralmente rodeadas por um invólucro de brácteas.

Utilizam-se as inflorescências da Achillea ageratum quer em arranjos de flores secas, quer em medicina natural, devendo ser colhidas em plena floração e deixando-as secar à sombra, logo a seguir à recolha. Entre as suas propriedades conhecidas pode citar-se a cura de chagas e feridas, virtude conhecida desde a Antiguidade.
As brácteas que envolvem os capítulos são de forma ovada e de margem membranácea e seca. As flores são hermafroditas pois possuem ao mesmo tempo órgãos reprodutores femininos (gineceu) e masculinos (androceu).
A polinização é feita por insetos.

Há quem utilize as folhas em receitas de culinária, em saladas e como tempero em sopas e estufados.
Os frutos são aquénios, tipo fruto seco com uma só semente.
Floresce de junho a setembro.
Pensa-se que esta planta é endémica da região mediterrânica. Em Portugal encontra-se com mais frequência no centro e sul do país, de preferência em solos argilosos.


Sobre o género Achillea:

Achillea é um género que inclui cerca de 85 plantas de flor, da família das Asteraceae, vulgarmente conhecidas como milefólio. Crescem principalmente na Europa e zonas temperadas da Ásia. Quase sempre têm folhas peludas e fortemente aromáticas e apresentam inflorescências planas no topo de cada caule. As pequenas flores que formam estas inflorescências podem ser brancas, amarelas, laranja, rosa ou vermelhas.
Algumas espécies são muito populares, sendo vendidas nos viveiros de plantas e cultivadas em jardins.
O nome Achillea teve origem na personagem da mitologia grega Aquiles. De acordo com a Iliada, os soldados de Aquiles utilizavam os milefólio para tratar as feridas causadas pelas guerras.
As larvas de muitas espécies de insetos (leptidópteros) entre os quais se incluem as borboletas e as traças, usam os milefólio como fonte de alimento.
Estas larvas são na sua maior parte herbívoras, e muitas vezes alimentam-se exclusivamente de uma variedade limitada de espécies de plantas. A dependência de alimento de plantas especificas (que variam conforme a espécie) condiciona e restringe a distribuição das espécies de lepidoptera. Há cerca de 180 000 espécies de lepidopteros classificados em 127 famílias das quais seis estão em perigo de extinção e cerca de 150 estão também ameaçadas. Para esta situação contribuiu não só a destruição de habitats e consequente desaparecimento de plantas que serviam de alimento preferencial a certas espécies de insetos, mas também porque muitas larvas de espécies de lepipoptera são consideradas pestes e consequentemente destruídas. Dos ovos saem as lagartas que depois se transformam em inseto adulto. Os lepidópteros adultos não são prejudiciais às plantas sendo que na maioria das espécies, são seres alados, de hábitos terrestres mas inofensivos e geralmente dotados de grande beleza. No entanto, as lagartas são quase sempre daninhas e não raro causam graves prejuizos nas plantações agrícolas e florestais.

Fotos - Areal Sul e Caniçal/Lourinhã


sexta-feira, 13 de julho de 2018

Espécies de verão em video




Para ver o video clique AQUI
Neste video podemos admirar algumas das espécies que nesta altura do ano alegram os campos nesta região. Curiosamente, as flores em tons de azul ou violeta substituíram as flores amarelas que foram as rainhas da primavera.

As três espécies em relevo neste video já foram tratadas neste blogue. Aqui deixo os links, caso tenha interesse em revê-los:
Cichorium intybus - Veja AQUI
Anthriscus sylvestris - Veja AQUI
Cynara humilis - Veja AQUI

Filmado em Serra do Calvo/Lourinhã


sábado, 30 de junho de 2018

Tropaeolum majus L. (com video)

Para ver o video clique AQUI
Nomes comuns:
Capuchinha; chagas; chagueira; mastruço-do-Perú; nastúrcio

Por esta altura do ano crescem as chamadas capuchinhas, em parques e jardins; mas também em aterros, baldios e beira dos caminhos. Muitos cultivam-na na horta onde atrai algumas pragas, protegendo assim a safra de legumes. Não esquecendo, porém, os cuidados necessários inerentes à sua tendência invasora em locais onde se sente bem…

Revisitamos hoje esta espécie ornamental, comestível e medicinal.
Para além do texto e fotos disponíveis nesta página também pode observar esta planta em video AQUI 





De nome científico Tropaeolum majus, mas mais vulgarmente conhecida como capuchinha ou chagas, esta é uma espécie que se supõe ser originária da América do Sul, provavelmente da região andina que abrange os territórios que vão da Bolívia à Colômbia. Contudo, encontra-se naturalizada em muitos outros locais do globo, desde a América do Norte à Austrália, passando pelo continente europeu e Macaronésia (ilhas atlânticas, nomeadamente Açores, Madeira, Canarias e Cabo Verde).


Esta espécie pertence à família Tropaeolaceae a qual se divide em três géneros, um dos quais é o Tropaeolum, com cerca de 80 espécies, que inclui a Tropaeolum majus. Aparentemente a Tropaeolum majus começou por ser uma planta cultivada e foi em tempos bastante apreciada em jardins. Perdida a popularidade e a preferência como planta ornamental, quis ainda assim, continuar a ser útil, ultrapassou barreiras e naturalizou-se em espaços não confinados. Hoje em dia pode ver-se esta espécie crescendo de forma espontânea, na proximidade dos campos de cultivo, sendo aproveitada pelos agricultores para proteger as suas plantações pois ela serve de hospedeira a certas pragas e repele outras.


Na generalidade, esta espécie floresce e frutifica durante a primavera e o verão. Contudo adapta-se com tanta facilidade a certos tipos de climas que pode florescer durante a maior parte do ano, frequentemente assumindo um comportamento invasor. Nestes casos é conveniente tomar medidas que controlem a expansão da planta.
Noutras regiões esta espécie é muito apreciada e cultivada, não só pelas suas flores mas também pelas folhas pois ambas são comestíveis. Podem confecionar-se deliciosas saladas frias tanto com as folhas como com as flores as quais também se usam na decoração da finalização dos pratos. Não só são decorativas como também exalam um aroma agradável e muito característico. O sabor é ligeiramente apimentado, com um travo a agrião.


Tropaeolum majus tem também excelentes propriedades terapêuticas, podendo ser utilizadas todas as partes da planta, excepto a raiz. A planta é muito rica em vitamina C e tem propriedades bactericidas, digestivas, sedativas e expetorantes, sendo indicada para problemas pulmonares e digestivos, escorbuto e afeções da pele. Porém nunca é demais lembrar que o consumo deve ser regrado pois todas as plantas têm o seu grau de toxicidade, sendo nocivas em caso de exagero.


Tropaeolum majus é uma planta anual, herbácea, de hábito rastejante ou trepador, com guias que podem atingir 1 metro ou mais, providas de pecíolos foliares que funcionam como gavinhas. Os caules, de cor verde claro são carnudos, ocos e cilíndricos, sem pelos, de aspeto quase polido. A planta é pouco ramificada, sendo que geralmente só ramifica na base e não nos caules.

A planta forma uma raíz avermelhada e longa mas pobre em ramificações pelo que se torna fácil arrancar a planta. No entanto cada pedaço de raiz que se parta e fique no solo, irá certamente enraizar e dar origem a uma nova planta.

As folhas, de cor verde azulado, são numerosas, alternas, simples, de margens ligeiramente lobadas e onduladas; têm forma circular e ligam-se perpendicularmente ao caule através de um longo pecíolo, mais ou menos no centro do limbo; as veias são bem visíveis e irradiam do centro para o exterior da folha.

As flores, muito vistosas, são solitárias e crescem na axila das folhas, no topo de longos pedúnculos. Corola e cálice exibem tons de amarelo, laranja e vermelho e são lisas ou com manchas acastanhadas ou de cor púrpura.
No seu conjunto, as flores são compostas por 5 pétalas (corola), 5 sépalas (cálice) e órgãos reprodutivos masculinos e femininos funcionais.


As pétalas são desiguais: as duas pétalas superiores são ovais, fundem-se com as sépalas que lhe estão adjacentes e exibem veios longitudinais de cor mais escura. As três pétalas inferiores são livres, mais arredondadas, estreitando-se profundamente na parte inferior do limbo, sendo as gargantas decoradas com franjas perfeitamente visíveis a olho nu.


As sépalas, fundidas na base, são também distintas: as três sépalas superiores são maiores e são também decoradas com veios de cor mais escura, tal como as pétalas superiores. Uma delas, prolonga-se para a retaguarda em forma de esporão comprido, direito ou ligeiramente encurvado, que funciona como reservatório para o néctar que a planta oferece aos agentes polinizadores. As restantes duas sépalas são lisas e mais pequenas.


Os órgãos reprodutivos consistem num pistilo central com um estigma dividido em 3 partes, rodeado por 8 estames livres e tamanho desigual, com grossos filamentos arqueados e grandes anteras.


O ovário é súpero, isto é encontra-se sobre o recetáculo e sobre o ponto de inserção das outras partes florais, cálice, androceu e corola e é trilocular, dando origem a frutos carnudos, formados por 3 mericarpos que se separam na maturação, sendo disseminados essencialmente pelo vento.



Fotos - Serra do Calvo / Lourinhã



quarta-feira, 13 de junho de 2018

Papaver rhoeas L. com video

Video disponível AQUI
(um mar de cor vermelha entre alfaces e cebolas, no quintal do meu vizinho)

Nomes comuns:
Papoila; Papoila-brava; Papoila-das-searas; 
Papoila-ordinária; Papoila-rubra; Papoila-vermelha; 
Papoila-vulgar; Papoula; Papoula-ordinária


A família botânica das Papaveraceae divide-se em 19 géneros um dos quais é o género Papaver ao qual pertencem as 22 espécies de papoilas. Destas, apenas um pequeno número cresce espontaneamente em Portugal, como é o caso da Papaver rhoeas que se pensa ser originária do sul europeu, norte de África e Ásia temperada, mas que hoje em dia se distribui praticamente por todo o hemisfério norte.

Podemos encontrar a Papaver rhoeas quer em terrenos cultivados quer incultos, geralmente associada a culturas cerealíferas, mas não só. Uma coisa é certa, mostra grande preferência por terrenos remexidos os quais são muito ricos em azoto.

Desenvolve-se de forma mais abundante nas primaveras húmidas que se seguem a invernos secos e ensolarados.
Esta espécie é considerada erva daninha pelo que tem sido repetidamente dizimada por pulverizações de herbicidas seletivos, feitas pelos agricultores.

Ainda assim, podemos vê-la por esta época do ano, teimosamente alegrando os campos de pousio e a beira dos caminhos, baloiçando as suas delicadas corolas vermelhas ao sabor do vento. É que, felizmente, a papoila é muito persistente, não se deixando abater facilmente. Para isto contribui o facto de produzir muitas sementes as quais permanecem adormecidas no solo durante largos anos, aguardando as condições mais favoráveis para germinarem.

Papaver rhoeas é uma planta herbácea, anual, revestida de pelos muito rígidos e bem visíveis embora não muito densos.

Esta planta cresce em tufos com cerca de 10 a 50 ou 60 cm de altura. Os caules são eretos ou ascendentes e mais ou menos ramificados.

As folhas, bastante recortadas, são compostas por vários segmentos grosseiramente dentados, os quais terminam numa ponta aguda e se apresentam divididos umas vezes até ao meio do semi limbo e outras até à nervura mediana; o segmento terminal é geralmente maior que os laterais; a nervura mediana é bastante espessa e as nervuras secundárias são mais ou menos paralelas entre si.

Quando quebrados os caules exsudam uma secreção esbranquiçada chamada latex que a planta utiliza para ajudar na cicatrização da ferida.

As flores da Papaver rhoeas são grandes, solitárias e crescem sobre um pedúnculo longo e fino.
O cálice é formado por 2 sépalas que caiem quando a flor abre.

A corola é formada por 4 pétalas vermelhas, arredondadas e com aspeto de papel de seda amarfanhado.

Geralmente as pétalas apresentam uma mancha escura na base.

A flor dispõe de órgãos reprodutores masculinos e femininos. O androceu (órgão masculino) apresenta numerosos estames com filamentos filiformes e anteras produtoras de pólen, castanhas ou amareladas.

O ovário não apresenta estilo e o estigma, área onde o grão de pólen inicia a germinação, assemelha-se a um disco, com vários raios.

As papoilas florescem de março a junho ou julho. O fruto é uma cápsula mais comprida que larga, de forma ovoide cilíndrica.
As pequenas sementes são libertadas através de poros que se abrem na tampa da cápsula a qual apresenta vários sulcos lineares.

Devido às suas propriedades calmantes as flores e folhas da Papaver rhoeas têm sido utilizadas em medicina alternativa desde tempos remotos, sendo usadas no tratamento de vários males desde constipações a distúrbios nervosos. Tendo em conta que também se usa em mezinhas caseiras vem a propósito lembrar que a ingestão de tisanas, xaropes ou outros preparados feitos à base de partes da Papaver rhoeas deve ser feita sob supervisão adequada, uma vez que é conveniente respeitar certas dosagens. Por vezes pensamos que por ser natural não há problema mas a verdade é que a partir de certas quantidades a maioria das plantas espontâneas são tóxicas.

As pétalas da papoila possuem propriedades corantes sendo usadas para dar cor a tisanas, medicamentos e certos vinhos.

As sementes de papoila maduras e torradas, são muito apreciadas como condimento em pães e bolos, quer isoladamente quer em mistura com outras sementes.

Foto de Atelierjoly

Apesar do que alguns possam pensar, nem todas as papoilas têm algo a ver com a produção de ópio. Na realidade, de todas as espécies de papoilas, apenas a lindíssima Papaver somniferum é utilizada para a sua produção. Esta espécie é originária da Ásia Menor e é cultivada naTurquia, China, Índia, Irão e sudoeste asiático, entre outros. O ópio é extraído do látex existente nas cápsulas de sementes, antes de atingirem a maturação.

Fotos: Serra do Calvo / Lourinhã



quinta-feira, 7 de junho de 2018

Iris foetidissima L. (com video)

Iris foetidissima L.

Iris foetidissima é uma daquelas plantas nativas que se adaptam de forma perfeita a qualquer tipo de jardim. As folhas são de um verde lustroso e são longas, estreitas mas de textura rija pelo que formam belos tufos, grandes e persistentes. 
As plantas são rizomatosas e crescem em qualquer tipo de solo, ácido, alcalino ou neutro desde que tenham boa drenagem. Dão-se bem em situações de meia sombra seca, nomeadamente debaixo das árvores.
Florescem por volta do mês de maio. As flores são típicas das iris mas devido à suavidade das cores e ao tamanho das pétalas não são tão vistosas como estamos habituados a ver noutras espécies do mesmo género. No entanto, na fase de frutificação as plantas são espetaculares pois as sementes gordinhas de cor laranja-avermelhada dão muita cor e interesse ao jardim durante todo o inverno.


Esta planta é recomendada para zonas de clima temperado e foi galardoada pela Royal Horticultural Society (RHS).

O vídeo do canteiro desta iris que filmei no meu jardim, talvez se lhe sirva de inspiração:

Video acessível clicando AQUI

Nota: o vídeo é falado em inglês mas a tradução para português está disponível por baixo do vídeo, na caixa de descrição.

Aliás, neste mesmo blogue pode obter informações mais detalhadas sobre esta planta. Recomendo que aceda à página respetiva clicando AQUI. 




sexta-feira, 11 de maio de 2018

Trifolium tomentosum L.


Nome comum: Trevo tomentoso

Esta espécie de trevo é autóctone da região mediterrânica (sul da Europa e noroeste de África), sudoeste da Ásia e alguns territórios da Macaronésia (Madeira, Açores e Canárias). Hoje em dia encontra-se naturalizado em muitas partes do mundo tendo sido introduzido como forragem e adubo verde.
É uma erva anual, glabra ou com pelos esparsos exceto no cálice.
Os caules ramificados são prostrados, eretos ou ascendentes consegujndo chegar aos 60 cm de comprimento.
As folhas são alternas, uma folha por nó e com pecíolos curtos, protegidos por estipulas. São folhas compostas, com 3 folíolos ovados que apresentam margens serradas com dentes diminutos e agudos.
A parte mais interessante da planta são as inflorescências que na frutificação se apresentam inchadas e globosas e também densamente tomentosas.
Na fase da floração as florinhas de tamanho diminuto reúnem-se em inflorescências que surgem a partir das axilas das folhas. 
As pequeninas flores apresentam corolas com 5 pétalas tipicamente papilionáceas e de cor rosada. 
As flores estão inseridas num invólucro de brácteas membranosas na base. 
As sépalas que formam o cálice apresentam-se unidas, formando um tubo com lábios desiguais e divergentes na frutificação. O lábio superior é marcadamente acrescente, ou seja, continua a crescer mesmo depois da fecundação até o fruto atingir a maturação.
O fruto amadurece dentro do cálice, formando uma camara ovoide com 1 ou 2 sementes e é indeiscente, com o pericarpo membranoso.

Fotos:Serra do Calvo/Lourinhã